sexta-feira, 29 de julho de 2011

I CRÔNICA

O Susto

Alguns anos atrás eu e minha irmã mais nova estávamos em casa. Era hora do almoço e como eu já tinha arrumado a casa, resolvi sair para plastificar um documento numa papelaria próxima. Deixei minha irmã se arrumando para ir à escola. Um dia da semana comum.
Voltando pra casa, havia muitas crianças na rua indo para escola e percebi que estavam apontando pra mim e dizendo – “olha a irmã dela”, fiquei sem entender e pensando se era mesmo pra mim.  Nestes segundos de muitos pensamentos dois garotos falaram pra mim, sua irmã acabou de ser atropelada. Perguntei, Eu? Não acreditando e logo corri desesperada ao local.
Milhões de coisas passaram em minha cabeça e quando cheguei perto havia muitas pessoas na rua rodeadas no acidente e me olhavam com dó. Foram então abrindo caminho quando avistei o chão minha irmã com sangue em todo corpo e trêmula, naquele momento só pensei na minha mãe se ela tivesse ali desmaiaria, pois tem pavor a sangue.
Agachei peguei na mão dela e ela me disse – “não me deixe morrer”. Por eu ser mais velha minha irmã é uma responsabilidade e meu apego a ela me deixou sem reação e palavras. Passei mal, mais não queria sair de perto dali e a acompanhei até o hospital.
Foi um imenso susto. E o que parecia um dia comum, um bêbado no volante transformou em uma tragédia.


 Ranyele Oliveira


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